O Sistema Faemg Senar lamenta, com profundo pesar, o falecimento de Roberto Simões, ex-presidente da instituição. À frente da Faemg de 2005 a 2021, dirigiu a entidade com competência e visão rumo à modernização e fortalecimento do setor. Sua história se confunde com a própria história da agropecuária mineira e brasileira e seu trabalho deixa marcas permanentes na transformação do setor e dos sindicatos rurais.
“A trajetória do Roberto Simões é um exemplo de trabalho incansável, visão estratégica e compromisso com os produtores rurais. Ele deixa um legado de conquistas, de fortalecimento institucional e de modernização do setor e se torna uma parte inseparável da história de evolução do agro em Minas e no Brasil. Graças a ele, avançamos muito no campo e na representatividade da nossa classe. Só alguém com essa visão, competência e dedicação seria capaz de acompanhar e impulsionar tantas transformações que acontecem diariamente em cada propriedade rural”, presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo.
Sua trajetória
Natural de Paraopeba, na região Central de Minas Gerais, era casado com Maria Helena Ribeiro Simões com quem teve três filhos: Carlos Roberto, Alessandra e Luiz Gustavo. Formou-se em 1965 em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa, onde concluiu em 1970 o mestrado em Economia Rural. Tem 15 trabalhos técnico científicos publicados sobre temas do setor agropecuário. Foi produtor rural de gado de corte e plantio de eucaliptos em Curvelo.
Trabalhou no governo de Minas Gerais como diretor geral do Centro de Estudos Rurais, de 1966 a 1974. No governo federal, foi diretor substituto do Conselho Nacional de Desenvolvimento da Pecuária (Condepe), de 1974 a 1977, quando assumiu a coordenação geral da Comissão Estadual de Planejamento Agrícola de Minas Gerais 9Cepe/MG), até 1978.
Em março de 1978, aceitou o convite para assumir o Departamento Econômico da Faemg, onde permaneceu até 1990. Nesse período, deixou sua marca em um trabalho incansável em prol dos sindicatos rurais e de seus produtores. No mesmo ano, foi chamado a ocupar o cargo de diretor-secretário na gestão de Gilman Viana Rodrigues, abrindo um novo capítulo de dedicação à agropecuária mineira.
Assumiu ainda a superintendência do Senar Minas, conduzindo com firmeza e visão os primeiros passos da instituição, função que exerceu por 11 anos, consolidando a presença do Sistema no estado.
Em 2005, chegou à Presidência da Faemg, cargo que ocupou até 2021, liderando com competência, diálogo e compromisso uma das fases mais importantes da entidade. Destacou entre as suas prioridades a revitalização dos sindicatos, a luta por crédito rural e por seguro rural e pela política de garantia de renda mínima para o setor.
Seu reconhecimento ultrapassou as fronteiras de Minas Gerais: em 2017, passou a integrar a diretoria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), como primeiro vice-presidente, ampliando sua contribuição para todo o país.
Presidência do Sebrae
Em 2006 foi eleito presidente do Sebrae Minas por unanimidade. Sua primeira tarefa, segundo ele, seria aproveitar a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas para elevar o número das empresas formalizadas em Minas Gerais.
Foi reeleito em fins de 2008, quando prometeu trabalhar para que as principais cadeias produtivas agropecuárias se tornassem mais competitivas para disputarem o mercado global.
No final de 2010, terminou seu mandato, mas no começo do ano seguinte assumiu a presidência do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, numa solenidade em Brasília.
